Processo pelo qual distúrbios de origem psíquica/ emocional, traduzem-se em mal-estar, com ou sem causa orgânica definida. Os dez problemas mais relatados pelos somatizadores são dores no peito, fadiga, tonturas, dores de cabeça, inchaço, dores nas costas, falta de ar, insónia, dores abdominais e torpor/apatia.
O perfil dos somatizadores
20% da população mundial é afetada pelos transtornos de somatização
O distúrbio é mais comum em mulheres e entre elas os sintomas costumam ser mais severos
42,6 anos é a idade média dos somatizadores
40% deles têm depressão
20% apresentam transtorno do pânico ou ansiedade
Os somatizadores estão entre os principais utilizadores do sistema de saúde: 60% das consultas médicas referem-se a pacientes com queixas sem nenhuma causa orgânica
As alternativas que comprovadamente ajudam a amenizar os sintomas da somatização, ao aliviar o sofrimento emocional
Meditação
Acredita-se que a meditação modula a resposta do sistema nervoso ao stress. Consegue-se isso por meio do controle da ansiedade. O estudo mais recente nesse campo submeteu pacientes cardíacos à meditação e comprovou que eles tiveram uma redução da pressão arterial
Terapias cognitivo-comportamentais
O objectivo do método é fazer o paciente aprender a controlar os sintomas. Ou seja, ensiná-lo a evitar a cadeia de reacções emocionais que leva o corpo a responder com sinais físicos. Também chamado de terapia breve, é especialmente eficaz para aplacar sintomas clássicos, como taquicardia, tontura e falta de ar
Psicanálise
Ainda que nunca tenha criado uma teoria psicossomática, Sigmund Freud, o pai da psicanálise, foi um dos seus mais importantes precursores. Ao iniciar a prática clínica, Freud percebeu que as manifestações da histeria correspondiam a uma anatomia imaginária. A somatização é encarada como fruto da história pessoal do paciente. É uma abordagem profunda e complexa, que exige tempo e disposição para que o paciente se aventure no auto-conhecimento.
Anna Paula Buchalla - Revista VEJA