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Ontem fui fazer uma sessão de hipnose ao Teatro do Campo Alegre. Sem objectivos específicos, apenas para os artistas perceberem o tema sobre o qual vão trabalhar. Antes e depois estivemos a conversar sobre a hipnose e o trabalho da Sara Manente e do Marcos Simões. O espectáculo é este fim-de-semana e eu tenho muita, muita pena de não poder lá estar.

Devíamos ter, todos, mais contacto com a arte e com os artistas.


Mais informação em:

http://www.nec.co.pt/this-place-apresentacao/#more-1996


Mitos Sobre a Hipnose


1. A hipnose implica uma perda da consciência e é uma forma de sonho.

A associação que se desenvolveu entre hipnose e sonho não é muito afortunada. A pessoa com freqüência espera, ou teme, encontrar-se num estado inconsciente durante a hipnose. Entretanto, a hipnose não é um fenómeno do sonho. Os indivíduos não perdem a consciência e não dormem quando estão em transe. Apenas se melhora a concentração e focaliza-se de uma maneira pouco habitual.

2. A hipnose implica uma rendição da vontade e, portanto, o sujeito se encontra sob o controle do hipnotizador.

Afinal, toda hipnose é auto-hipnose. Os indivíduos deixam-se hipnotizar porque assim o desejam. A hipnose não pode ser induzida sem a colaboração do sujeito.

3. Os indivíduos crédulos e os estúpidos, assim como as mulheres, são hipnotizados mais facilmente.

Não há diferenças de sexo no hipnotismo. Eventualmente, a capacidade para o transe requer um indivíduo que confie e se abra a novas experiências. Há uma correlação ligeiramente positiva entre a inteligência e a hipnose, em vez de suceder o contrário.

4. A hipnose pode ser utilizada para que a pessoa faça ou diga coisas que normalmente não o faria.

Os indivíduos participam activamente no seu próprio comportamento de transe e, portanto, não podem ser obrigados a fazer ou dizer nada. O hipnotizador só os induz comportarem-se de determinadas maneiras.

5. A hipnose é perigosa.

O mesmo que ocorre com qualquer técnica poderosa, o uso da hipnose pode ocasionalmente ter consequências imprevistas. Por isso, só deveria ser utilizada por profissionais qualificados. Todavia, não é mais perigosa que a maioria das formas de tratamento psicológico, quando eficazmente empregue.

6. Os hipnotizadores devem ser enérgicos, carismáticos ou misteriosos.

O comportamento de alguns hipnotizadores pode ter contribuído para este mito! Entretanto, dado que toda hipnose é auto-hipnose, resulta que as características do sujeito são mais importantes do que as caraterísticas do hipnotizador.

7. A hipnose só ocorre quando se utiliza formalmente.

Embora os transes formais sejam mais familiares às pessoas, há acontecimentos diários que são de natureza hipnótica. Por exemplo, alguns indivíduos estão tão profundamente absortos numa actividade, que perdem a noção do tempo (distorção do tempo) ou não percebem os estímulos externos. O termo “hipnose da estrada” se refere ao comportamento da pessoa que viaja de automóvel de um lugar a outro sem se dar conta do itinerário. Os hipnoterapeutas ericksonianos, em especial, utilizam com frequência os transes informais.

8. A hipnose é terapia.

Inclusive muitos profissionais acreditam nisto! Contudo, como foi mencionado antes, a hipnose é uma técnica específica que deve ser usada apenas dentro do contexto da prática profissional. Embora quase todo o mundo possa induzir um transe, só um profissional qualificado pode empregar o comportamento de transe para solucionar problemas clínicos.

9. A pessoa não pode falar quando está em transe nem se pode lembrar o que aconteceu, uma vez fora do transe.

O transe é uma experiência muito individual. Algumas pessoas realmente têm amnésia espontânea para qualquer coisa que o hipnotizador diga durante o transe, enquanto outras recordam tudo (ou a maioria das coisas) com muita exatidão. Da mesma maneira, é muito freqüente que os indivíduos falem enquanto estão em transe, especialmente se o hipnotizador lhes pede que o façam.

In - Manual de técnicas de terapia e modificação do comportamento - VICENTE E. CABALLO