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Transtorno de Personalidade Estado-Limite (Borderline)

A característica essencial do Transtorno de Personalidade Estado Limite (Borderline) é um padrão global de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na auto-imagem e nos afectos, bem como uma acentuada impulsividade que começa no início da idade adulta e está presente em vários contextos da vida da pessoa. (DSM IV)

Pessoas com Transtorno da Personalidade Borderline têm, geralmente, um medo intenso do abandono (real ou imaginado), e uma tendência para se auto-agredirem, através de comportamentos tão diferentes como o abuso de substâncias, a auto-mutilação e, em casos extremos, o suicídio.

Emocionalmente, as pessoas com personalidade Borderline, experienciam frequentemente sentimentos de vazio, grande instabilidade afectiva e, por vezes, uma raiva intensa e exagerada. As suas relações interpessoais são habitualmente intensas, instáveis e conflituosas.

Do ponto de vista cognitivo, apresentam frequentemente uma auto-imagem negativa e uma tendência para perceber apenas aspectos negativos na personalidade dos outros. Frequentemente verbalizam pensamentos de autodesvalorização (eu sou fraco, eu sou um caso perdido, eu sou inferior, etc..) e de ausência de controlo (vai ficar cada vez pior, eu vou perder o controle, não serei capaz de tolerar, eu vou chorar e não serei capaz de parar, eu vou acabar no hospital, etc..).

Viver com uma pessoa com transtorno de personalidade borderline (TPB) gera grande sofrimento e inquietação nos amigos, companheiros e famílias, porque na maioria das vezes nem as próprias pessoas encontram razões para as suas emoções e comportamento.

O tratamento privilegiado para o Transtorno de Personalidade Borderline é a psicoterapia. A farmacoterapia deve utilizar-se como adjuvante das intervenções psicológicas.

A terapia dialéctico-comportamental foi especificamente desenvolvida para esta perturbação e tem-se demonstrado eficaz. É um tipo de terapia cognitivo-comportamental em que é prestada particular atenção aos aspectos funcionais da relação terapêutica.

Durante a psicoterapia, as pessoas aprendem a identificar e lidar com estes pensamentos e emoções. São ensinadas estratégias de regulação emocional, regulação, interpessoal e regulação comportamental que permitem às pessoas aprender a viver de forma menos impulsiva, mais adaptada, com uma visão da vida e de si próprias menos instável, mais adequada. Podem assim começar a projectar um futuro melhor, para elas e para os seus.

​Contrariamente a uma ideia generalizada na Internet e difundida inclusivamente por alguns profissionais, a personalidade pode mudar. E isso significa que os transtornos de personalidade poderão ter cura ou, pelos menos, registar mudanças significativas.

Poderá encontrar alguma informação sobre a influência da terapia na mudança de traços da personalidade no link abaixo.

http://www.livescience.com/57497-personality-may-change-after-mental-health-treatment.html